Sim, abandonei-te!
Esse lapso de ódio cegou-me de tal modo,
que minha percepção humana esvaiu-se eternamente.
Escravizam-me agora os prazeres fugazes de minha imortalidade.
É vida sem a morte?
Sei que me procuras, sei que acreditas que sou como tu,
mas cá estou, imundo e gracioso.
O que me faz sorrir, óh Psiquê,
o que me faz crer nos deuses,
são os belos olhos que revejo em repouso.
Sinto dor,
vivo.
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