Procuro, em meio à multidão, teus braços...
Vejo pêndulos de relógios que nunca interrompem seu ritmo contínuo e temporal.
Procuro, em meio à multidão, tua voz...
É impossível ouvi-la junto a estes sons monótonos e insípidos.
Procuro, em meio à multidão, teus olhos...
Quanta ingenuidade! A indiferença reinante não admite análise tão profunda.
Como lhe encontrarei, amado?
Se me perco na multidão,
no vazio que é a multidão,
e na multidão que se fez em mim mesma?
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