Cada uma de nossas postagens tem um pedacinho de Caroline ou de Natali. Os poemas, crônicas, fotos, reflexões... são todos expressões de nossa vontade de dizer algo para o mundo.


Opinem, comentem, provoquem, instiguem novas opiniões e visões... construam conosco um espaço de expressão!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fim de tarde


A cesta foi deixada para trás,
contém iguarias que já não saciam a fome.
Ficam nela os
antigos medos, as
antigas certezas.

Alimentamo-nos agora de utopias.
Carregamos só o que nos dá beleza e glória:
Brasões e tecidos finos.

Avivadas pelo pôr-do-sol, nossas vestes cintilam em vermelho-dourado
Caminhamos juntos, hipnotizados pelo horizonte que queremos abraçar,

por mais que caminhemos o
cenário bucólico não se desfaz
nossas almas não encontram o firmamento.

Travamos batalhas intensas e pagãs, com
espada, armadura e escudo.
Mas a noite
fria e atroz
se apressa em desarmar os imprudentes,

não vemos mais o que queremos ver
a lua mostra dois caminhos em vez de um,
e por ele
por eles,
sigo.

domingo, 9 de setembro de 2012

Oscilações


Vamos festejar!
Pra que se entristecer?
Tantas coisas belas a admirar
Há tantos caminhos a conhecer...

Vamos chorar
E lamentar a libertação de nossas dependências
O desgarrar de nossos vícios
A perda de uma paixão

Vamos festejar!
Admirar novamente as cores das borboletas
Sorrir para um sol de todo dia
De um modo novo, como se brilhasse em uma cor diferente

E vamos chorar novamente
E festejar novamente
E chorar novamente
E nos apaixonar novamente...


domingo, 27 de maio de 2012

Civilização



Evolução (?)


Obs.:Fiz essa charge para um trabalho de escola no 3º ano do colegial.
Devido a um enorme "vistinho" que os professores davam e um comentário de minha professora Ivana (muita saudade), não dava para postar e como a ótima desenhista que sou, não consegui refazer o desenho. Então pedi para um amigo meu que desenha melhor que eu, faze-lo para mim. Obrigada Paulo, amei o cãozinho com essa carinha de dó. *-*

terça-feira, 1 de maio de 2012

Paródia - Contam de Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto


De como a voz da morte se calou


Dia cinzento, sem chuva
casa cheia - falava-se de morte
Fatídica, inevitável. Inútil discutí-la.


Nisso, chegam mais amigos
Moços, vindos do último futebol
(alegria, êxtase!)
Suados, cansados, mas vivos
Refazem o sofrido jogo gol a gol, mostrando suas cicatrizes de guerra.

Esses homens imundos,
Emudecem João e sua amiga.
- Enquanto vocês falam de morte,
nós celebramos a vida!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um dia qualquer



Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer


Uma por uma
Caindo lentamente
Dançando a melodia


Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer


Esperança
Ansiedade
Esperança


Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer


Folhas secas
Histórias acumuladas
Chances perdidas


Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer


Uma flor solitária cai ao chão.

domingo, 25 de março de 2012

Divagações, e um olhar

Marrons e cálidos, me deslocam do tempo e do espaço;
Não sou matéria, sou luz. Viajo pelo infinito.

Sou apenas a lua, escuridão e vazio.

Sou o princípio
Princípio prestes a encontrar o fim em si mesmo.

Que é o princípio perto do infinito, senão um momento?
Um momento não perturba a totalidade.
Não aqui, onde a história já está escrita de antemão.

Não sou luz, sou matéria. Viajo pelo (in)finito. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Chuva


Chovia intensamente
As gotas da chuva me golpeavam
Meu corpo tremia
A água fria mesclava-se com meu corpo cálido (choque)
Meu corpo tremia violentamente

A frieza da chuva cortava minha pele
Meu corpo doía
As gotas atingiam-me incessantemente
Meu corpo doía intensamente

As gotas da chuva me encharcavam
E meus olhos úmidos ardiam

Quanta desculpa...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Morin, E. Em: Os sete saberes necessários à educação do futuro


"O gênio brota na brecha do incontrolável, justamente onde a
loucura ronda. A criação brota da união entre as profundezas
obscuras psicoafetivas e a chama viva da consciência."

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Torre

Pobres homens
Criam asas artificiais no intuito de tocar o céu
Mas eles falham
Pois não podem chegar aos céus
Essas pobres criaturas despidas de autoconfiança
Elas não têm o direito
Não têm o poder para isso
E se enganam sonhando que chegando ao topo,
Onde as nuvens são algodões frescos e frios,
Podem alcançar o tão esperado paraíso
Pobres tolos...
Pobres tolos aqueles que procuram a suposta recompensa tão aguardada
Sem sequer tentar construir seu próprio paraíso
Sem sequer tentar ser feliz com o que possui
Sem sequer tentar...
Pobres coitados aqueles que cobiçando um jardim distante
Deixam morrer sua própria rosa
Pobres coitados aqueles que anseiam por esse jardim
Sem sequer tentar ser merecedor...