Seus olhos me diziam tudo o que sempre desejei ouvir.
Seus braços me envolviam de uma maneira aconchegante, morna, protegendo-me do ar gélido que entrava pela janela aberta.
Seu rosto estava tão próximo que podia sentir seu hálito quente sobre minha boca.
Seus dedos sobre meu cabelo molhado segurando minha nuca, gentilmente.
Sim, tudo estava perfeitamente bem.
Mas agora era apenas minhas mãos segurando o vento.
A mesma janela, agora fechada, expulsando o frio que insistia em entrar.
Meu corpo trêmulo, contendo a dor causada pelo frio cortante.
O mesmo cenário, mas diferente.
Mais... Mais vazio.
Meu peito sangrava com o enorme buraco que havia ali.
Onde estará meu coração agora ?