Cada uma de nossas postagens tem um pedacinho de Caroline ou de Natali. Os poemas, crônicas, fotos, reflexões... são todos expressões de nossa vontade de dizer algo para o mundo.


Opinem, comentem, provoquem, instiguem novas opiniões e visões... construam conosco um espaço de expressão!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Falso deus

Com minhas mãos posso tocar o céu

Em meio à imensidão obscura

As várias e pequeninas estrelas me aquecem


Lua, tão bela e pálida; fria

Posso abraçá-la

E ela não se sentirá mais tão só


Borboletas negras cercam-me enquanto flutuo

Elas não sabem o que faço aqui

Não sabem o que fazer sem seu jardim de rosas

Vermelhas como sangue com espinhos venenosos


Nuvens roxas cobrem o ar

E escondem um arco-íris de cristal

Ele chora lágrimas de prata

Que caem sobre os inocentes punindo-os pelo desejo de pecar


Uma mulher com uma criança pequena no colo, reza

Ela olha-me com um olhar triste

Enquanto seu passado a consome

Ela vira o rosto e continua a rezar exaustivamente

A criança, segurando um terço quebrado me vê e sorri


Posso destruir o resto do mundo com um simples sopro

Ou saciar minha sede com apenas uma gota

Tenho tudo... mas não possuo nada

Sou totalmente livre... ainda assim limitado


Olho minhas mãos e elas sangram

Minha carne em decomposição mostra como sou imperfeito


Acho que acabou meu tempo aqui...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ciranda Quadrada

Eles dançam na minha cabeça,
Brincam de roda,
Contam até dez, se escondem!
Aparecem de novo, sorriem
Cantam canções doces, me acalentam
Sinto-me criança novamente.
Eles foram embora, e agora eu vejo luzes coloridas
Quantas cores!
Cores que nunca vi igual, e não posso descrever!

Afinal, nunca poderia, pois elas já sumiram...

Agora vejo demônios,
Alguns voam, outros rastejam, todos em minha direção.
Eu grito de desespero, de angústia
Meu grito se transforma em uma gargalhada alucinada
Eles zombam de mim, sabem que logo estarei só
Só e perdida.
Logo o vazio vai me consumir,
E meu corpo dependente vai me empurrar novamente na direção das luzes...

Até a última luz se apagar.