
A noite estava estrelada, mas o sol havia partido. Perdido, procurei entre todas as estrelas aquela maior e mais brilhante, que me aquecia, que me embalava com seus raios faiscantes. Sozinho no escuro, como uma criança sem os pais. Desespero injustificável, mas real, quase tangível.
No final da noite ele vai voltar. Ele sempre volta quente e cálido. Sua luz abrirá meus olhos com uma ternura digna dos grandes astros. No céu, antes escuro, surgirá um espectro de cores: uma sinfonia de cores bailarinas, que se movimentam e mudam, até atingir o azul celeste pleno.
Mas o crepúsculo (novo espetáculo colorido) me afastará mais uma vez do azul; e dessa vez, eu mirarei o leste até o amanhecer.